sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ser Evangélico



Autor: Riedson Alves Filho é pastor Batista em Salvador/BA.


Vivemos um período em que é difícil se identificar como evangélico, pois são tantos escândalos, são tantas “igrejas” que se dizem evangélicas e pregam tudo menos o evangelho, que nos perguntamos se devemos mesmo manter tal identificação.

Lembro-me de uma época em que havia certo orgulho denominacional e as pessoas se identificavam como: batistas, assembleianos, etc., mas hoje, depois da “avalanche gospel” muitos ou quase todos se dizem evangélicos. Há evangélico de todo tipo, há os que têm boates, há os que fazem filmes pornôs, há os que puxam trio-elétrico no carnaval, há os que desviam dinheiro e oram pela “bênção da propina”, enfim, há todo tipo de pessoas dizendo-se evangélicas.

Mas parafraseando Martin Luther King Jr., o que me assusta não é o grito dos falsos evangélicos, o que me assusta é o silêncio dos verdadeiros evangélicos.

Fomos ensinados que como evangélicos precisamos nos conformar e nos calar, devemos evitar as brigas e discussões (o que vão pensar de nós se vivermos dizendo que os outros estão errados), então nos omitimos, dizemos que é assim mesmo, deixa pra lá, um dia cada um responderá. Entretanto, quero alertá-lo que se cada um responderá, nós também responderemos pelo nosso silenciamento, pela falta de coragem de se posicionar contra essa “bagunça gospel” que tenta destruir padrões bíblicos criados na palavra de Deus e sustentados com muita luta e esforço por aqueles que nos antecederam.

Em Lucas vemos Jesus dizer: “Achais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo; mas antes dissensão; Porque daqui em diante estarão cinco divididos numa casa: três contra dois, e dois contra três.
O pai estará dividido contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra sua nora, e a nora contra sua sogra.” (Lc 12: 51-53)

Precisamos parar com esse medo de defender nossa fé, estamos sendo atacados da maneira mais cruel, estão destruindo aquilo que nos identifica, se procurarmos nos dicionários veremos que evangélico é aquele que segue a lei de Cristo, aquele que obedece aos princípios do evangelho. Diante disso, eu afirmo categoricamente: Sou  evangélico! Acredito que esses “gospels” não são e nunca foram evangélicos, eles apenas se apropriaram de um nome que não lhes pertence, mas não vou renegar meu nome por eles, pelo contrário, farei a mesma afirmação atribuída a Lutero: A paz se possível, mas a verdade a qualquer custo.

Chega de ser massacrado por pessoas não convertidas que por suas obras demonstram claramente uma total falta de conversão. Chega de concordar que aqueles que pregam que Deus te fará rico, somente para satisfazer sua avareza e materialismo, estes também não são evangélicos, eles não são! Chega de concordar que artistas que não tem mudança nenhuma, nem na vida e nem nas práticas, são evangélicos, simplesmente por serem famosos e pela aceitação social, eles não são! Chega de aceitar que políticos corruptos são ou sejam evangélicos, pois suas atitudes demonstram claramente que eles não seguem os princípios do evangelho.

Não sou perfeito e não advogo que os evangélicos são pessoas perfeitas e sem pecado, mas afirmo veementemente, assim como a Palavra nos ensina que “Todo aquele que permanece nEle não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. (1Jo 3:6) Ser evangélico é deixar de ser aquilo que éramos e buscar ser aquilo que Deus quer que sejamos, é nascer de novo, é ter nova vida e novas atitudes, é buscar viver assim como Jesus viveu, é buscar a santidade. É dizer: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." (Gl2:20).

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1 Comentário:

Pr. Valfran Santos disse...

Paz, direito de opinar.
Veja bem, nem tudo deve-se ser criticado e nem tão pouco silenciado. Mas o pior mesmo é, assistir esse vento de doutrinas loucas. Uma vez que nós, os batistas, somos ou eramos considerados, os bíblias. Por tanto sabermos recitar os versículos. Mas na prática, não vivenciá-los. Em nossas igrejas a falta de amor é algo visível. O apego ao membro que tem um bom dízimo. Então, pode-se reclamar de quê? Dizer que viu algo errado com que moral? Olha, quando leio um desses artigos. Logo procuro de onde vem, quem o escreveu. Pois falar, cobrar dos outros é muito fácil.