quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Se nos arrependermos, será tarde demais!


Edmilson, 60 anos incompletos, experiente motorista de ônibus, atropelou algumas pessoas.
Ao seu lado, um amigo percebeu o que ocorrera e puxou o freio de mão. Evitou assim tragédias maiores.
Uma colega, ao seu lado, percebeu que Edmilson estava passando mal e precisava de socorro, mas, antes do socorro, um grupo invadiu o ônibus que dirigia, arrastou-o para fora a bofetões para o linchar.
Não adiantou que alguns gritassem para contar que o motorista não estava bêbado e nem dirigia em alta velocidade.
Para os vizinhos, ele estava bêbado, ele dirigia embriagado, ele merecia morrer.
Mataram a socos, pedradas, extintores de incêndio e pedaços de pau um homem, cujo maior defeito, segundo um dos seus filhos, era trabalhar muito.
No dia seguinte, certamente muitos que o empurraram para fora ou procuraram objetos para lançar contra ele ou levaram suas mãos para o linchar, refletiram sobre seus gestos e viram como foram injustos e cruéis.
Tarde demais.
Quando julgamos o outro, sem o ouvir, nós o matamos.
Quando precipitamos atitudes, sem pensar, nós podemos nos tornar homicidas. Se nos arrependermos, será tarde demais.

Fonte: Prazer da Palavra
Foto: Ultimo Segundo

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Sobre Pais e Filhos.

EU ME ALEGRO
Eu me alegro pelas novas gerações de cristãos: crianças, juniores, adolescentes e jovens.
Eu me alegro com aqueles que, nascidos no Evangelho, tornaram-no corajosamente seu.
Eu me alegro com aqueles que, tendo outros berços, fizeram da manjedoura de Cristo a sua casa.
Eu me alegro com aqueles que, tendo pais cristãos relapsos, foram além deles e hoje procuram viver de modo digno de Jesus.
Eu me alegro como o apóstolo Paulo se alegrava com a escolha de Timóteo, que ouviu o Evangelho de Jesus Cristo dos lábios e do corpo de sua mãe e sua avó e decidiu viver o Evangelho e pelo Evangelho.

EU ME ENTRISTEÇO
Eu me entristeço junto com os pais que choram os filhos que não mais compartilham a fé que um dia dividiram nos mesmos bancos de igreja e nas mesmas mesas de almoço, quando comentavam a aula, o sermão ou um louvor. Sempre que puderam, oraram com eles em casa, levaram-nos a igreja, compraram-lhes Bíblias e livros de valores, mostraram-lhes o caminho excelente. Sempre desejaram que fossem cristãos dedicados, como eles. Sempre deram exemplos de uma vida vivida diante de Deus. No entanto, em algum momento seus filhos fizeram outras escolhas, que precisam de respeito, regado a orações de joelhos feridos pela saudade e pela dor.
Quem assim se entristece faz parte da mesma galeria com Isaque, triste com a briga dos filhos (Esaú e Jacó) e suas partidas. E as lágrimas cederam lugar ao sorriso, quando um deles (Jacó) voltou para casa.

EU LAMENTO
Eu lamento os pais relapsos que até desejaram que seus filhos lessem a Bíblia, embora não o fizessem.
Eu lamento os pais omissos, que até esperaram que seus filhos se dedicassem à oração, apesar de nunca serem vistos por eles de joelhos à beira da cama.
Eu lamento os pais irresponsáveis que até insistiram para que seus filhos fossem à igreja, mas os levavam só nos domingos em que não tinham coisa "melhor" para fazer.
Eu lamento os pais críticos que até imaginaram que seus filhos acabassem se dedicando aos ministérios da igreja, como se fossem capazes de sobreviver à enxurrada de comentários depreciativos ao ensino da igreja, à música da igreja, à estrutura da igreja.
É como se eu pudesse me juntar a Davi em seu lamento pelo filho Absalão que, por falta de conselho do pai, seguiu os de Aitofel.

EU ME SOLIDARIZO
Eu me solidarizo com aqueles pais que reconhecem que foram relapsos, omissos, irresponsáveis e críticos e, agora, em lágrimas ajoelhadas, pedem perdão a Deus por não terem pastoreado seus filhos, que também não pastoreiam seus netos.
Eu me solidarizo com aqueles pais que, mesmo tendo perdido o rumo, agora se põem no caminho e oram por seus filhos, tentam orientar seus filhos e não desistem dos seus filhos e cuidam também de suas próprias almas.
Eu me junto a esses pais em oração.
E todos que oram com este pai seguem o exemplo de outro pai: aquele cujo filho pródigo (da parábola de Jesus Cristo) partiu, mas cujas orações trouxeram de volta.

Fonte: Prazer da Palavra

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A arte de não gritar!


Fiquei encantado com uma história de uma amiga.
Ela não provocou o assunto, que surgiu naturalmente em função de um trabalho que fazemos juntos.
Falávamos sobre a tendência de muitos em gritar e falar palavrões ao telefone.
Então, ela me falou do seu trabalho. A maioria dos pessoas -- usuária de um serviço público -- já começa gritando e xingando. Os colegas de trabalho respondem no mesmo tom ou desligam o telefone.
Ela ouve e procura resolver, mesmo que do outro lado, a voz esteja no máximo.
Acontece todos os dias, como ocorreu recentemente.
Uma senhora ligou e, antes dos cumprimentos de praxe, soltou sua catilena raivosa.
Depois de algum tempo, minha amiga pôde lhe falar. Calmamente, prontificou-se a resolver o seu problema. Do outro lado, ouvia-se apenas o silêncio, depois o gaguejo e depois uma palavra mansa.
O fim da história? A agressora pediu desculpas pelo telefone e, não satisfeita, foi expiar sua vergonha pessoalmente num encontro que insistiu em ter. Nos termos bíblicos, minha amiga pagou o mal com o bem.
Por que achamos que temos que gritar com quem grita conosco?
Não deve ser o outro que dita o tom de nossas palavras.
O rancor que habita o coração do outro não precisa habitar o nosso.
Se a grosseria do outro não for também a nossa, poderemos contribuir para que o grosseiro mude seu estilo de vida.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A tradição é necessariamente boa -- insistem alguns


Como cristãos, é bom saber que somos parte de uma grande nuvem de testemunhas, que começa a cobrir a terra antes mesmo de Jesus Cristo ser revelado como Salvador e Senhor. Graças à tradição, não precisamos reinventar a fé a cada geração.
No entanto, nossa inserção na tradição pode gerar um fechamento ao novo, capaz de refrigerar nossa compreensão da fé e iluminar nosso modo de comunicá-la aos sem-fé.
Além disso, o apego à tradição gera um lamentável tipo de restauracionismo, totalmente alheio à realidade histórica. O tradicionalismo se alimenta de uma miragem do passado, um passado inventado e idilizado. Assim, para sermos cristãos, precisamos resgatar as experiências do passado, esquecidos que o passado é irrepetível, uma vez que os contextos são diferentes e nós mesmos somos diferentes. O passado, real ou imaginado, não pode ser recuperado.
Quem respeita o passado deve respeitar as pessoas que o fizeram, já que o fizeram porque o seu tempo o demandou. Se queremos ser respeitosos para com os do passado, devemos fazer o que o tempo nos demanda fazer.
Devemos, antes, nos perguntar: por que fazemos o que fazemos? Faz sentido fazer o que fazemos?
O fato de sempre termos feito de um certo modo não é motivo para continuarmos a fazê-lo.
Devemos tomar cuidado para não transformar a tradição em palavra de Deus, porque não passa de palavra de homem, que negligencia o mandamento de Deus (Marcos 7.8).

Fonte: Prazer da Palavra

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Muro!

Havia um grande muro separando dois grandes grupos. De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos leais de Deus. Do outro lado do muro estavam Satanás, seus demônios e todos os humanos que não servem a Deus.

E em cima do muro havia um jovem indeciso, que havia sido criado num lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo.
O jovem indeciso observou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:
- Ei, desce do muro agora… Vem prá cá!
Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada. Essa situação continuou por um tempo, até que o jovem indeciso resolveu perguntar a Satanás:



Grande foi a surpresa do jovem quando Satanás respondeu:



Nunca se esqueça: Não existe meio termo. O muro já tem dono.


Quando seus pensamentos e aflições darão lugar a uma obediência prática do evangelho?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Estou no centro da vontade de Deus?


Ouvimos tanto, que acabamos acreditando, que Deus tem um plano pré-determinado para cada um de nós. Ai de nós se não o cumprirmos.
Um atacante marca um gol que faz seu time vencedor; na entrevista, ele diz que o gol foi da vontade de Deus. Não precisamos tomar cuidado com o uso da expressão?
Muitos pensamos que a vontade de Deus é um plano geral pré-determinado por Deus para cada um de nós. Nossa felicidade depende de conhecer este roteiro pré-fixado e segui-lo a risco. Como escreveu Eugene Peterson, "a expressão 'vontade de Deus' talvez seja um dos termos mais sombrios do vocabulário cristão. (...) Normalmente usamos 'vontade de Deus' como nada mais que um clichê desprovido de conteúdo", levando-nos "a um mergulho perplexo num redemoinho de ansiedades". 
Ficamos, então, ansiosos se esta (ou aquela) decisão que tomamos (ou estamos para tomar) é da vontade de Deus.
Precisamos compreender que Deus não nos dotou de liberdade e, em seguida, laçou nosso pescoço com um cabresto, para irmos apenas onde nos puxa ou empurra. 
Não há um destino (como criam os gregos em seu fatalismo) para cada um de nós. 
Precisamos entender que a vontade de Deus brota da sua soberania, mas se realiza num relacionamento conosco que é fraternal e dinâmico por natureza. Esta vontade está delineada em sua Palavra, onde estão lavrados os princípios para uma vida santa, sábia e saudável. Por isto, canta o poeta: "agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei" (Salmo 40.8).

Fonte: Prazer da Palavra

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Raízes profundas


Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias. O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.

Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria. Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo. Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries.

Disse-me ainda, que frequentemente dava uma palmadinha nas suas árvores com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas. Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho. Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.

Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho, havia realizado seu sonho!

O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno. Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda. Que efeito curioso, pensei eu...

As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam.

Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido. Frequentemente, oro por eles. Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis:

"Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse mundo"...

Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações. Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais. Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar.

Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida é não é muito fácil.

Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.

Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.

Fonte: Thomaz Lupo Neto 

O modo correto de orar!


Assombra as pessoas de fé a ansiedade pela maneira "correta" com que deve ser feita a oração.
É como se Deus estivesse numa caverna, esperando que, do lado, de fora digamos o abra-cadabra certo, ou fosse um cofre que tem um segredo cheio de letras que precisamos manejar até encontrar a combinação certa, ou uma máquina que dispensa dinheiro ou refrigerante que espera que apertemos o botão certo que faz cair a bênção, desculpe, o produto, ou um aladim na garrafa a ser libertado com palavras mágicas.
Um deus assim não é senhor, mas escravo, a quem damos ordens. Um dos pregoeiros da chamada oração de confissão positiva ensina: "Tendo recebido a alegria divina em nosso coração, não precisamos mais esperar para que sejamos abençoados, mas somente crer e determinar que a obra seja feita". 
Além desta visão sem base bíblica, há outras que nos levam a pensar que há uma maneira correta para o corpo se postar na oração, e parece que Deus prefere aquela feita de joelhos ou com as mãos levantadas. 
De igual modo, se fizermos a nossa oração "em nome de Jesus", ele vai nos atender.
Orar é mergulhar numa atmosfera de mistério. Devemos orar, bater, insistir até e esperar sempre. Deus tem uma vontade (desejo), que se cumprirá. Apresentamos a nossa, mas é a dele, sempre melhor para nós, que acontecerá. 
Não existe um modo correto de orar, mas deve haver um coração contrito na oração.
Se não fomos atendidos, não precisamos nos angustiar fazendo perguntas que não têm respostas. Não precisamos subir em montes que vem o socorro.
Não precisamos jejuar, para ser ouvidos, embora devamos jejuar, para conhecermos mais de Deus. Não precisamos decorar orações respondidas para sermos atendidos; devamos nos derramar diante dEle conscientes de Sua presença. 
O modo correto da oração é, portanto, a espera.

Fonte: Prazer da Palavra

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A sensibilidade de um Olhar


Os alunos de pedagogia de uma Universidade carioca me pedem para lhes falar sobre olhar do professor. Tema além de mim, saio pela tangente da memória.
Como me lembrei, citei minha professora de matemática no (então) primeiro grau no Instituto Batista Americano, no Rio de Janeiro.
Toda segunda-feira, dona Esther [Silva Dias] me levava o suplemento literário do Jornal do Brasil, que saía no domingo. Eu não entendia tudo, mas devorava. Muitos anos depois me tornei colaborador do mesmo suplemento, agora com outro nome.
Dona Esther me olhava como um professor deve olhar um aluno. Ali estava um péssimo aluno de matemática, a sua matéria, mas ela via nele um grande potencial para a língua portuguesa. E tratou de apostar nele.
Na mesma palestra, citei o exemplo negativo de Eli. O sacerdote viu Ana, a futura mãe do profeta Samuel, orando desesperadamente e pensou que ela estivesse embriagada.
Esqueça Eli, o insensível.
Quem foi sua Esther Silva Dias, a professora sensível?

Fonte: Prazer da Palavra

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A engenharia da alma


Pode ser de chegar o momento em que temos que reconstruir nossas almas.
A alma é aquele lugar de nosso ser onde se encontram razão, emoção e fé.
A alma é o corpo habitado por Deus, o coração habitado por nós mesmos.
A alma é aquele porto onde chegadas e partidas são administradas, de modo que as saídas não doam muito.
A alma é aquela caixa registradora em que os ganhos são sempre maiores que as perdas, movida completamente pela esperança.
Então, a alma perde o equilíbrio quando morre um amigo de uma doença rápida, embora acreditássemos que ele sobreviveria.
Ou quando acontece uma demissão inexplicada, conquanto achássemos que dávamos o sangue para a empresa, cuja história acreditávamos ter ajudado a escrever.
Ou quando um filho esperado -- esperado, esperado -- morre na primeira enfermidade que enfrenta.
Ou quando uma luta intensa pela saúde de uma pessoa querida nos drena toda a energia e toda a teologia, a despeito da alegria pela recuperação.
Ou quando o afeto se transforma em ódio e, depois, em separação, em briga por guarda de filhos e em disputa pelo patrimônio.
Nestes momentos, nossa alma se contrai e se proíbe de produzir valor para a vida.
Então, precisamos reconstruir nossas almas.
É quando estamos mais sós.
Mas esta não é obra de solidão. 

Fonte: Prazer da Palavra

A nobreza do gesto e a importância de uma saudação


Conta uma história que um Judeu trabalhava em um frigorifico na Noruega. Certo dia ao terminar sua jornada de trabalho, foi a uma câmara frigorífica para fazer uma inspeção, inexplicavelmente a porta se fechou e o fecho de segurança travou e o trabalhador ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu, todos já haviam saído para suas casas e era quase impossível que alguém pudesse escutá-lo pois a porta era muito grossa. Já estava a quase cinco horas preso na câmara e quanto mais o tempo passava mais próximo da morte por congelamento ele estava. De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e resgatou o trabalhador ainda com vida.

Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia, "Porque ele foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho?"

Ele assim o explicou:

- Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim todas as tardes. Todos os demais me tratam como se eu não existisse.

- Hoje pela manhã me disse “Bom dia” quando chegou. Eu espero por esse bom dia ou olá, todas as manhãs e por um tchau ou até amanhã, todas as tardes. Entretanto não se despediu de mim, pensei que poderia estar em algum lugar do prédio ou poderia ter-lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei.

Tenha um bom dia!!!!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Não é confortável crer em Deus


É um conforto saber como Deus age.
É como ir a um culto e conhecer todas as canções. Sentimo-nos em casa.
Só que não sabemos como Deus age. Se soubéssemos, ele seria tão previsível que não seria Deus. Se soubéssemos, ele não teria o poder (absoluto) que tem.
Fora dos seus padrões, Deus fez um teste com Abraão e lhe pediu algo absurdo. Só que Abraão não sabia que era um teste. Mesmo angustiado, fez a prova. E passou. Deus não fez este teste com mais ninguém.
Você tem um amigo que está doente. Você ora por ele e Deus o cura. Você tem outro amigo que está doente. Você ora por ele e Deus não o cura. É um desconforto descobrir que as ações de Deus não são padronizadas nem padronizáveis. 
É um desconforto saber que Deus não é controlável por nós, seja por meio de nossas orações bonitas, nossas ofertas financeiras sacrificiais ou nossas ações beneméritas.
É um desconforto não ver Deus em nosso retrovisor.
Mas nós só podemos orar a Deus porque não sabemos como Ele age, uma vez que Ele é impadronizável, 
imprevisível, 
imponderável, 
imanipulável, 
indominável,
incontrolável, 
incomprável,
incomparável.
Só um Deus que não segue padrões pode atender as nossas orações, sobretudo aquelas que integram o rol das (humanas) impossibilidades.