quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Estou no centro da vontade de Deus?


Ouvimos tanto, que acabamos acreditando, que Deus tem um plano pré-determinado para cada um de nós. Ai de nós se não o cumprirmos.
Um atacante marca um gol que faz seu time vencedor; na entrevista, ele diz que o gol foi da vontade de Deus. Não precisamos tomar cuidado com o uso da expressão?
Muitos pensamos que a vontade de Deus é um plano geral pré-determinado por Deus para cada um de nós. Nossa felicidade depende de conhecer este roteiro pré-fixado e segui-lo a risco. Como escreveu Eugene Peterson, "a expressão 'vontade de Deus' talvez seja um dos termos mais sombrios do vocabulário cristão. (...) Normalmente usamos 'vontade de Deus' como nada mais que um clichê desprovido de conteúdo", levando-nos "a um mergulho perplexo num redemoinho de ansiedades". 
Ficamos, então, ansiosos se esta (ou aquela) decisão que tomamos (ou estamos para tomar) é da vontade de Deus.
Precisamos compreender que Deus não nos dotou de liberdade e, em seguida, laçou nosso pescoço com um cabresto, para irmos apenas onde nos puxa ou empurra. 
Não há um destino (como criam os gregos em seu fatalismo) para cada um de nós. 
Precisamos entender que a vontade de Deus brota da sua soberania, mas se realiza num relacionamento conosco que é fraternal e dinâmico por natureza. Esta vontade está delineada em sua Palavra, onde estão lavrados os princípios para uma vida santa, sábia e saudável. Por isto, canta o poeta: "agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei" (Salmo 40.8).

Fonte: Prazer da Palavra

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